quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Reportagem interessante aos fumantes

Boa tarde a todo mundo. hoje eu estava pesquisando alguma coisa para colocar no blog e achei esta noticia que ja tinha comentado no dia da palestra sobre alimentação que eo aumento do preço dos cigarros, retirei este texto do Jornal do Brasil e vou postar agora.

Ministro: aumento do imposto sobre cigarros vai ajudar a reduzir número de fumantes

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acredita que a medida do governo de aumentar a carga tributária sobre o cigarro vai colaborar para a redução do número de fumantes no país. Atualmente, 15% dos brasileiros adultos fumam.

Para o ministro, em um primeiro momento, a arrecadação de imposto proveniente da venda de cigarros deve crescer. Perguntado se os recursos terão como destino os cofres da Saúde, ele disse que está em discussão para onde irá a verba extra. Porém, Padilha ressaltou que o objetivo é que o preço mais elevado acabe desestimulando o hábito de fumar.

“A gente quer que cada vez menos brasileiroscomprem cigarro e fumem. Não é uma medida pensando em aumentar a arrecadação”, disse ele, que participou hoje (25) do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em parceria com a EBC Serviços.

A partir de dezembro, os cigarros podem ficar até 20% mais caros por causa nas novas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) estipuladas pelo governo federal. O reajuste deve chegar a 12%, em 2013; a 13%, em 2014; e a 10%, em 2015. A Receita Federal prevê que a arrecadação passará dos atuais R$ 3,7 bilhões anuais para R$ 7,7 bilhões a partir de 2015.

O governo definiu também preços mínimos para a venda do maço de cigarro. De 1º de dezembro de 2011 a 31 de dezembro de 2012, a embalagem não poderá ser vendida por menos de R$ 3. O valor sobe para R$ 3,50 em 2013; R$ 4, em 2014; e R$ 4,50, em 2015.

Na próxima terça-feira (29), é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo.


Fonte: Jornal do Brasil

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Droga é uma ilusão

Tenho algumas idéias que gostaria de partilhar com os senhores.
Não trago afirmativas conclusivas, mas, na perspectiva a que se propõe esse colóquio, traço um pensamento reflexivo e especulativo.
Primeira reflexão é muito sintomática que, nesses tempos de guerras, os três produtos que realizam as maiores cifras de negócios no mundo, sejam: petróleo, armamentos de guerra e drogas. Se fizermos um coquetel desses três ingredientes, nós teremos o clima bem nítido da situação atual.
Então, por que tanto sucesso nas drogas, em todas as sociedades, desde aquelas ditas mais evoluídas, desenvolvidas, até aquelas que permeiam o 3o ou o 4o mundo?
Neste momento torna-se imperativo conceituar o termo droga. Uma expressão que precisa ser contextualizada. Pois, como droga podemos dizer desde a topada que levamos, até uma pessoa que é chata ou uma situação que é vexatória. Aqui nos referimos a todas as substâncias que tem afinidade com o aparelho psíquico. São as substâncias psicotrópicas, que tem ação sobre a psique, a mente.
Mas, precisamos nos perguntar se determinadas drogas, pela proposta terapêutica que insinuam, não estariam igualmente inseridas nesse contexto. Quero referir-me a título de argumentação a três destes fármacos que fez tanto sucesso nessa década. Uma delas foi até rotulada de a droga da felicidade. Prozac, quimicamente designado como fluoxetina. Foi com essa proposta que o laboratório fabricante conseguiu um grande êxito na bolsa de valores. Depois, o Viagra, que também busca um outro tipo de felicidade, baseada na promessa de um bom desempenho sexual.
Uma outra substância que igualmente buscou um grande sucesso propunha emagrecer os obesos de todos os gêneros. O Xenical, porque permite controlar o peso em uma sociedade que abusa do consumo.
Limitando-nos apenas aos psicotrópicos, temos as drogas que acalmam e porque acalmam seriam proposta de felicidade para quem precisa de paz. Existem outras que propõem momentos de excitação e isso seria o caminho da felicidade para os que desejam ter ânimo. E, outras que desorganizam ou desestruturam a mente, pois fugir da realidade seria uma forma de encontrar a felicidade. Sair da real.
Ser feliz, então, é acalmar-se, excitar-se ou desorganizar-se? A droga não responde porque ela é um produto inerte e anódino. E, quem dá a dimensão e o conteúdo existencial a essa experiência é o ser humano. Por isso nada melhor do que fazer apelo ao que os gregos chamam de fármaco. Tanto o veneno - aquilo que mata, como aquilo que cura - remédio. Um dos elementos mais extraordinário, quando se lida com esta questão das drogas, é justamente que este é um assunto prenhe de contradições e ambigüidades. Sem que se possam estabelecer noções mais claras e mais exatas ao lidarmos com essa situação.
Por que com a droga procura-se a felicidade? Ousaria corrigir essa assertiva dizendo - busca-se o prazer. Mas, ao mesmo tempo, o grande risco da droga é que ela leva à morte. Eros e Thanatos.
A outra ambigüidade da sociedade é saber porque existem drogas legais e outras que são ilegais? Por exemplo, a maconha no Brasil é tida como ilegal, uma atividade ligada à contravenção. Em muitos países muçulmanos ela é permitida - haxixe - como uma atividade prazerosa. No Brasil, as bebidas alcoólicas são largamente difundidas e estimuladas. Nos países árabes são formalmente interditadas.
Outro elemento que gostaria de destacar, esse mais em sua dimensão histórica é que a droga já esteve ligada aos próprios processos civilizatórios, quando era admitida como algo identificatório dessa cultura. Basta ficarmos com a nossa civilização, judeu-cristã, que sempre foi genuflexa, em versos e prosa, ao valor do vinho. In vino veritas.
" Do uso do haxixe nas seitas mulçumanas do Oriente Médio a partir do séc. XII, ao consumo do cipó alucinógeno - ayusca - nas nações indígenas do Amazonas, isso a centenas de anos; a utilização do cactus do peyote, em rituais de índios do México."
Se as drogas se inscreviam como fenônemos que permeavam as civilizações, ligadas aos ritos, aos sacramentos, às iniciações, nos tempos atuais as drogas tornaram-se uma generalidade, ato comum, banal, perdendo o sentido místico e mítico que invade o cotidiano da esperança. O uso tornou-se abuso. Foge da norma e do rito. Anárquico, esse comportamento desafia a própria organização da sociedade.
O que tem a droga de tão sedutora? Para os jovens, seus usuários mais freqüentes, provavelmente isso, ela "vende" a promessa mais imediata de felicidade. Mas, o que seria essa tal felicidade? Difícil resposta.
Mas, para um estudioso da Antropologia, o que seria interessante destacar é que, na perspectiva histórica, a felicidade sempre esteve relacionada e imaginada como algo coletivo, fruto de uma ampla mobilização social. Hoje, com a droga, ela pode ser obtida como a singular construção de uma individualidade. Eu posso ser feliz sozinho. Posso ser feliz isolado. Posso ser feliz alienado. Esse parece ser o grande "x" da questão da droga.
Nessa perspectiva, a droga passa a ser do extremamente caduco, ancestral e mesmo arquetipal, para algo de extremamente revolucionário.
De um lado ela romperia toda a perspectiva do que foi a construção histórica da humanidade: a necessidade do grupo, a necessidade do social, a absoluta necessidade de pensar no grupo, no social. Isso é rompido com a lógica da droga. "Eu me defino por mim mesmo, pelo meu mundo, que eu construo". Ao mesmo tempo em que ela é, digamos, pós-moderna, no sentido que ela desperta no ser humano a possibilidade de resgatar a sua autenticidade identificatória.
Nesse balanço se assentaria o grande desespero. Tendo tudo, ele não tem nada. Essa é uma experiência tão profundamente radical que a pessoa deixa de ser ela, para ser outra, que não é ninguém.
Ora, quando a sociedade só consegue pensar a droga em termos de negócio econômico, porque existiria evasão de divisas, porque tem gente que fica rica, ou porque a juventude nega-se a participar do modelo de sociedade que queremos para eles, obviamente, estamos apenas na inútil periferia da questão. Ou em palavras mais claras, apenas no superficial da coisa. A perspectiva é bem mais profunda. Ela coloca em evidência a grave pergunta do que é, afinal, a própria existência humana? Ao que ela se destina? Uma pertinente indagação que endereçamos aos filósofos.
Mas, uma dúvida continua martelando: posso ser feliz sozinho? Ora, numa sociedade cuja perspectiva é o consumo, o descartável, o pragmatismo, o hedonismo, uma negação constante do sofrimento como condição inerente ao ser humano, claro que a droga tem um grande espaço. Ela é fruto. Não seria esse o modo de viver e enfrentar mais coerente dessa civilização do aqui e agora?
Não dá para combater as drogas apenas colocando policiais à procura de usuários e traficantes. A sociedade como um todo deve questionar-se: que fenômeno é esse?
E, ainda mais questionador: o que é curar um toxicômano? Ou, mais grave ainda: curar para que?
Não tenho respostas e acho que estas dúvidas nos bastam.


Contra o Tabaco


Cigarro causa morte de dez pessoas por hora no Brasil



No próximo dia 29 de agosto é comemorado o "Dia Nacional de Combate ao Fumo", data em que o governo e entidades médicas se unem em prol da saúde em uma ação conjunta contra o tabagismo, e a ABLV (Academia Brasileira de Laringologia e Voz) também participa desta ação de conscientização, orientando a população quanto aos perigos que o falso prazer do fumo traz à saúde.

No Brasil, há cada hora, dez pessoas morrem em decorrência de doenças relacionadas ao fumo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o cigarro é responsável por 97% das mortes por câncer de laringe em todo o mundo. O risco de um fumante adquirir câncer de laringe é dez vezes maior do que uma pessoa que não fuma. Segundo a OMS, no Brasil, são registrados anualmente aproximadamente 6  mil novos casos de câncer de laringe, com 3.500 mortes.

Durante o fumo, a combustão do tabaco produz dezenas de substâncias em forma de gases, vapores e partículas sólidas que agridem diretamente a mucosa da laringe, principalmente as pregas vocais, o que acarreta em um prejuízo na voz.  Além disso, várias substâncias liberadas pelo cigarro são cancerígenas.

Quando a mucosa apresenta lesões sugestivas de tumor, é necessário fazer um exame que é chamado de laringoscopia, pois o diagnóstico precoce é uma das armas contra o câncer de laringe. Quando diagnosticado precocemente, o câncer de laringe pode ser curado em 90% dos casos.

Não é, entretanto, só o fumante que é atingido pelos males do cigarro. Em todo o mundo, o tabagismo passivo é a terceira maior causa de morte evitável, perdendo apenas para o tabagismo ativo e para o consumo excessivo de álcool.